Posição I do código de marcapasso: câmara estimulada
A primeira posição designa a câmara onde se produz a estimulação:
- O: Nenhuma.
- A: Estimulação atrial.
- V: Estimulação ventricular.
- D: Estimulação bicameral (dupla câmara, A e V).
Posição II do código de marcapasso: câmara sentida
A segunda posição indica a câmara onde se detecta a despolarização cardíaca espontânea (sinais de interferência), com o objetivo de estimular ou inhibir a estimulação antibradicardia indicada na posição III 2.
As letras são as mesmas que na primeira posição:
- O: Não sente.
- A: Sente o átrio.
- V: Sente o ventrículo.
- D: Sente em ambas câmaras (A e V).
Posição III do código de marcapasso: resposta à sensibilidade
A terceira posição indica o modo de resposta.
A I indica que um evento sentido e inibe a estimulação, a T indica que se produz uma estimulação (triggered em inglês) após de sentir um evento, a D significa que ambas, I e T, puede ocorrer 1.
- O: Nenhuma.
- I: Se inibe.
- T: Estimula.
- D: Pode inibir-se e estimular.
Posição IV do código de marcapasso: modulação de frequência cardíaca
A quarta posição só indica a presença (R) ou ausência (O) de um mecanismo de adaptação da frequência cardíaca (modulação de frequência).
Ao contrário da outras posições, a quarta letra é única. Se refere apenas ao ajuste automático da frequência de estimulação para compensar a incompetência cronotrópica.
- O: Ausência de modulação de frequência cardíaca.
- R: Presença de modulação de frequência cardíaca.
Posição V do código de marcapasso: estimulação multissítio
A quinta posição indica se existe estimulação multissítio nos átrios, nos ve ventrículos ou qualquer combinação.
Os locais de estimulação podem ser em cada átrio/ventrículo ou en mais de um local na mesma cavidade, ou uma combinação de ambos 2.
- O: Nenhuma.
- A: En um ou ambos átrios.
- V: En um ou ambos ventrículos.
- D: Qualquer combinação de A e V.
Exemplos da nomenclatura do marcapasso
Modo de estimulação VVI (VVIOO):
(V) Estimulação ventricular, (V) sentido ventricular, (I) estimulação inibida quando sente uma despolarização ventricular espontânea, (O) ausência de modulação de frequência, (O) ausência de estimulação multissítio.
Este modo é o mais usado em pacientes com fibrilação atrial permanente e bloqueio AV completo ou bradicardia severa.
Modo de estimulação DDDR (DDDRO):
(D) estimulação atrial e ventricular, (D) sentido atrial e ventricular, (D) estimulação inibida quando sente uma despolarização atrial ou ventricular, e estimulação ventricular quando sente uma estimulação atrial, (R) modulação de frequência, (D) ausência de estimulação multissítio.
Este modo é o mais usado em pacientes com doença do nó sinusal ou bloqueios atrioventriculares.
Outros exemplos do Revised NASPE/BPEG Generic Code
- AOO, VOO or DOO: estimulação Atrial, ventricular ou bicameral assíncrona; não há sentido, nem modulação de frequência, nem estimulação multissítio.
- AAI: estimulação atrial inhibida quando sente uma despolarização atrial espontânea, que se inhibe ante una despolarización auricular espontánea, não há modulação de frequência nem estimulação multissítio.
- DDD: estimulação bicameral (normalmente se inibe ao sentir uma sinal atrial ou ventricular, e com estimulação ventricular após uma despolarização atrial); não há modulação de frequência nem estimulação multissítio.
- DDDR: marcapasso bicameral com de frequência, sem estimulação multissítio.
- DDDOV: marcapasso bicameral sem modulação de frequência, com estimulação multissítio (estimulação biventricular ou mais de um local de estimulação no mesmo ventrículo, ou ambas).
- VVIRV: estimulação ventricular com inibição ao sentir uma sinal ventricular, com modulação de frequência e estimulação multissítio (estimulação biventricular ou mais de um local de sitio de estimulação no mesmo ventrículo). Este modo normalmente é usado em pacientes com Insuficiência cardíaca, fibrilação atrial permanente e alterações da condução intraventricular.